Nem um, nem outro. A Jornada do Herói foi sintetizada por Joseph Campbell, que estudou mitologias em diversas sociedades e concluiu que, independente da época e da localização, todos os mitos seguiam uma determinada estrutura narrativa. Posteriormente essa fórmula foi descoberta por Hollywood e daí saíram vários filmes que seguiam essa estrutura, alguns bons e outros ruins.
O importante é entender que essa estrutura narrativa comum aos mitos é essencialmente muito parecida com qualquer estrutura de história dos dias de hoje, seja literatura, teatro, cinema, quadrinhos ou videogame. Enxugando todos os detalhes e especificidades, sobra mais ou menos isso: um personagem enfrentando obstáculos para alcançar seu objetivo.
Em outras palavras, há milhares de anos a estrutura das histórias é basicamente a mesma. Algo que carregamos dentro de nós e que nos parece natural, como se o cérebro humano já fosse adaptado para pensar nesse formato (e é mesmo, mas isso fica para outro post).
Na primeira aula falei bastante sobre esse assunto e a verdade é que o tema merecia um curso inteiro. Por outro lado, como ninguém vai falar melhor disso do que o próprio Joseph Campbell, aconselho fortemente que assistam O Poder do Mito, uma longa entrevista dividida em 6 partes em que o mitologista conta tudo o que sabe. A transcrição também está disponível em livro.
Outra referência legal é o podcast Papo na Estante, que fez uma edição só sobre a Jornada do Herói tendo Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse, como convidado. Ele é professor de um curso sobre isso no Rio de Janeiro e entende bastante do assunto.
Para quem quiser ir mais no detalhe, esse PDF do site Roteiro de Cinema é um bom guia do passo a passo dessa estrutura.
E, por último, é legal também navegar pelo canal da Joseph Campbell Foundation no YouTube, onde há uma série de vídeos curtos explicando vários tipos de mitos.
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